Os alunos do 8.º ano do Agrupamento de Escolas de Arganil realizaram, na última terça-feira 29 de abril, uma viagem de estudo à Serra da Estrela, com o objetivo de aprofundar os conhecimentos sobre geografia, biodiversidade e cultura da região mais alta de Portugal Continental.
Com saída pelas 8 horas e 30 minutos e regresso marcado para as 17 horas, a aventura começou bem cedo e com muita vontade em conhecer e, de alguma forma, explorar o Parque Natural da Serra da Estrela.
Aquando da planificação da visita, foram previamente definidos objetivos por disciplina, nomeadamente, escrever textos relacionados com vivências e experiências pessoais (Português); observar a paisagem envolvente, analisar a intervenção humana na paisagem natural e consciencializar para a necessidade de preservação das paisagens naturais (Geografia); reconhecer características da paisagem magmática plutónica, conhecer algumas espécies da flora e fauna autóctones (Ciências Naturais); registos fotográficos de paisagens, para posterior trabalho em sala de aula (EV); fomentar a prática da atividade física em contacto com a natureza, promover hábitos de vida saudável e fomentar as relações interpessoais (transdisciplinares).
A primeira paragem ocorreu na Aldeia do Sabugueiro (Aldeia mais alta de Portugal) com visita ao centro da mesma, onde está instalada a igreja local. Foi possível verificar que, ao contrário de outros tempos, em que as atividades principais eram o comércio e a pastorícia, hoje impera o turismo, bem sinalizado na transformação das casas antigas e obsoletas em casas com materiais modernos e confortáveis, ainda que mantendo o granito, rocha predominante da região. Seguiu-se a Lagoa Comprida, a mais conhecida e a maior das lagoas do maciço superior desta Serra, construída a partir de uma lagoa natural e situada a cerca de 1600 metros de altitude, a Lagoa Comprida, é o maior reservatório de água da serra da Estrela com o objetivo de produção hidroelétrica. A hora do almoço aproximava-se e foi no Covão da Ametade, um dos locais mais icónicos e mais belos da Serra da Estrela, lugar bastante atrativo devido à vegetação envolvente, maioritariamente composta por bétulas, com a particularidade de criar um ecossistema com uma grande biodiversidade, que decorreu o tão desejado e solicitado, por parte dos alunos, repasto. Sim, porque a serra abre o apetite! Para sobremesa, ainda tivemos algum tempo para, a cerca de 1500 metros de altitude, localizado no sopé do Cântaro Magro e no início do Vale Glaciário, degustar visualmente onde o Rio Zêzere começa a tomar corpo. Finalmente, a viagem incluiu ainda uma paragem na Torre, o ponto mais alto de Portugal continental, onde os alunos tiveram a oportunidade de desfrutar de algumas brincadeiras com alguma neve ainda aí existente, e alguns alunos de ver neve pela primeira vez.
“A viagem foi uma experiência única. Aprendemos muito sobre o clima, a vegetação e as tradições locais. Além disso, divertimo-nos imenso”, afirmou o aluno Rodrigo Dias, do 8.º B.
Os professores acompanhantes: diretoras de turma – Sara Neves; Liliana Pereira; Marta Rovira; Paula Simões; Daniela Lima; Carla Miranda, bem como os professores, Cilena Santos, Paulo Marques e a professora estagiária Beatriz Ormonde, destacaram o caráter interdisciplinar da visita, que permitiu ligar teoria e prática em áreas como ciências naturais, história e educação ambiental. A viagem foi organizada com o apoio da direção da escola e contou com o envolvimento ativo dos encarregados de educação.
O regresso foi marcado por momentos de partilha e entusiasmo, refletindo o sucesso de uma atividade que aliou conhecimento, convivência e contacto direto com a natureza.

