No dia 10 de março de 2023, o jornalista José Milhazes esteve no AEA. Com distinta presença de proximidade e numa linguagem simples, perante uma vasta e atenta audiência, começou por referir que, no futuro, os jovens de hoje têm uma árdua tarefa – “limpar o que menos bom” estão a deixar os homens da atualidade. Relembrou episódios da sua infância, na aldeia piscatória de Caxinas (Póvoa do Varzim) e da sua decisão de ir estudar História, na Universidade Estatal da Rússia, em 1977. Destacou que queria ser padre, foi comunista e tradutor e, por um mero acaso, foi jornalista. Apesar de se considerar um “pessimista”, acredita que a clareza de um espírito interventivo e crítico poderá inverter, inclusivamente, a situação dramática que se vive na Europa, nomeadamente na Ucrânia. A este propósito mencionou que “não sabemos o que é que nos vai acontecer”, apesar de Putin querer ganhar a guerra por uma questão de prestígio junto do seu povo e mostrar ao Ocidente que é uma potência fortalecida.
Depois de José Milhazes ter revisitado o passado e do que entende sobre a situação atual na Ucrânia, foi dada voz aos alunos da nossa Escola. Os discentes colocaram, pertinentemente, questões que, de forma sapiente e clara, foram respondidas pelo interlocutor. Também, os convidados tiveram oportunidade para intervir. Após as intervenções, foi aberto um espaço para a sessão de autógrafos e para as famosas selfies.
O AEA agradeceu a presença de José Milhazes, bem como todos os intervenientes que permitiram que esta atividade fosse um sucesso: Direção, professores, alunos dos diferentes cursos e do Clube de Escrita, professoras bibliotecárias, Associação de Estudantes, os assistentes técnicos e operacionais.