No dia 1 de abril, os alunos das turmas do 10.º A e 11.º A de Ciências e Tecnologias e os alunos do 11.º D do Curso Profissional de Turismo, no âmbito das disciplinas de Biologia e Geologia, Inglês, Matemática A e Cidadania e Desenvolvimento, acompanhados pelas docentes Dina Seco, Carla Rodrigues, Helena Alves e Mónica Aguiar, saíram da Escola Secundária de Arganil numa aventura que lhes iria proporcionar uma viagem na História geológica, biológica e cultural da maior Serra de Portugal Continental!
Durante a visita os alunos puderam contemplar e interpretar, sob orientação das Técnicas do Geoparque, Magda Fernandes e Sofia Santos, vários geossítios únicos, como a Lagoa Comprida, o Planalto da Torre, o Miradouro do Vale Glaciário de Loriga, a Senhora do Espinheiro e o Covão da Ametade, e desfrutar das maravilhosas paisagens matizadas com o branco da neve, num autêntico “laboratório vivo” de conhecimento e de aprendizagem, tendo por base os valores geológicos, geomorfológicos, biológicos e culturais da região.Esta visita promoveu o seu contacto com o património natural, permitindo que observassem in situ fenómenos geológicos que estudaram em sala de aula e alguma da biodiversidade endémica da Serra, sensibilizando-os para a necessidade da sua preservação e para a sua sustentabilidade. Assim, foi possível aplicar o que está preconizado nas AE da disciplina de BG, nomeadamente, realizar atividades em ambientes exteriores à sala de aula articuladas com outras atividades práticas que possibilitam o exercício de uma cidadania responsável, face à necessidade de compreender problemas e tomar decisões fundamentadas sobre questões que afetam as sociedades e os subsistemas do planeta Terra.
Durante toda a visita, os alunos foram registando e interpretando as suas observações para compreenderem melhor a paisagem diversificada da região, que resultou das múltiplas transformações geológicas ao longo de mais de 500 M.a., dos contrastes climáticos registados, bem como da antiquíssima ocupação humana.
Assim, foi possível relacionar e aplicar os conhecimentos teóricos estudados nas aulas o que lhes irá possibilitar dar resposta às questões do Guia da visita, disponibilizado pelo geoparque, e elaborar um documento síntese para a sua divulgação enfatizando a importância da criação do Estrela Geopark que procura aliar a proteção e promoção do património geológico ao desenvolvimento local sustentável. Para um território ser considerado geoparque, não é suficiente ter uma relevante geodiversidade, é necessário que os seus habitantes estejam comprometidos com estratégias de desenvolvimento que tenham por base a utilização sustentável dos recursos.
Esta visita proporcionou aos alunos uma aventura inesquecível, cheia de emoção e aprendizagens significativas, mais práticas e em contacto com a Natureza. Esta atividade permitiu também o aprofundamento das relações professor-aluno e aluno-aluno, através de um convívio salutar, bem como a melhoria da condição física de todos, graças à realização de pequenos percursos pedestres através da Serra.
Tal como o escritor português do século XX, Miguel Torga, afirma “a Estrela é alta, imensa, enigmática e a sua presença física é logo uma obsessão, juntando-se à perturbante realidade uma certeza ainda mais viva: a de todas as verdades locais emanarem dela” (Miguel Torga, 1967).
As docentes Carla Rodrigues, Dina Seco e Mónica Aguiar