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Visita Arte e Democracia

Os alunos das turmas dos 10.ºC, 10.ºE-TM e 12.ºF-TM deslocaram-se a Lisboa, no passado dia 18 de novembro, no âmbito da visita de estudo “Arte e Democracia”, acompanhados pelos professores Bárbara Almeida, Catarina Santos, João Sousa e Lisete Alexandre.

Chegados à capital, dirigiram-se ao Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), situado na histórica zona ribeirinha de Belém, contemplando o majestoso rio Tejo. Aí visitaram duas exposições: “Arte Cibernética” e “Exist / Resist”. A primeira, instalada na Central Tejo, imóvel emblemático da arquitetura industrial, de inícios do séculoXX, é constituída por um acervo artístico vindo do Brasil, pertencente à Coleção Itaú Cultura e constituído por obras de LAb[au], Raquel Kogan, John McCormack, Regina Silveira, Christa Sommerer e Laurent Mignonneau, Miguel Chevalier, Rejane Cantoni, Daniela Kutschat, Gilberto Prado, Edmond Couchot e Michel Bret. Trata-se de peças artísticas que entrelaçam, com mestria, a sensibilidade estética, o “design”, a informática e as novas tecnologias digitais, provocando uma experiência multissensorial imersiva. Os estudantes tiveram a oportunidade de interagir com as obras, influenciado o modo como as mesmas evoluem e se transformam. A segunda mostra encontra-se patente no edifício futurista que, em conjunto com a Central Tejo, compõe as instalações do MAAT. Tal construção é, em si mesma, um monumento arquitetónico, com a sua estrutura em forma de onda, que se debruça sobre as águas do Tejo, e revestida com azulejos tridimensionais que refletem a luz natural, ela própria um verdadeiro ex-líbris de Lisboa, tão aclamada pelos fotógrafos e realizadores de cinema. A “Exist / Resist” é um certame institucional que analisa quase trinta anos de prática de Didier Fiúza Faustino, o experimentalista franco-português cujo trabalho tem provocado e transgredido de forma sistemática as demarcações formais e conceptuais entre arquitetura, “design” e arte. A mesma reúne, pela primeira vez, uma vasta seleção de obras, materiais preparatórios e protótipos (desenhos, fotos, modelos, instalações em larga escala, filmes e objectos), girando em torno de quatro vertentes centrais de pesquisa que se repetem na obra de Faustino: Habitação e Alojamento, Fronteiras de Corpos, “Design” como Resistência e Agonismo no Espaço Público.

Após estas duas visitas, os discentes subiram ao topo do edifício, onde se tem uma vista privilegiada sobre o rio e a cidade, e rumaram aos jardins junto ao Mosteiro dos Jerónimos, o Centro Cultural de Belém e o Palácio Presidencial, para almoçarem. Uma vez saciada a fome, os alunos dividiram-se.

As turmas de Multimédia dirigiram-se à Cordoaria Nacional, imóvel pombalino que se destinava à produção de cordas, cabos, velas e outros equipamentos para os navios, e que agora funciona como espaço cultural. Aí, contemplaram a exposição “Icons”, uma das retrospetivas mais completas da carreira de Steve McCurry, figura incontornável do mundo da fotografia internacional, que foi reconhecida com alguns dos prémios mais prestigiados do setor, incluindo a Medalha de Ouro Robert Capa ou o “National Press Photographers Award”. Os estudantes observaram mais de cem imagens emblemáticas em grande formato, através das quais a objectiva do fotógrafo norte-americano nos leva a viajar pelo Afeganistão, Índia, Sudeste Asiático, África, Cuba, Estados Unidos, Brasil ou Itália, tendo sempre como ponto de partida o elemento humano. O seu trabalho abrange conflitos, culturas, tradições antigas e a cultura contemporânea, sublinhando sempre o poder expressivo dos retratos humanos, que fez da sua famosa fotografia, “A Rapariga Afegã”, uma imagem tão icónica.

Por sua vez, a turma do 10.ºC deslocou-se ao Palácio de São Bento, onde, guiada por um dos responsáveis pelo Museu da Assembleia da República, conheceu toda a história do imóvel, desde a sua construção no século XVI, como mosteiro beneditino com traça maneirista e barroca, até à série de grandes obras de remodelação, interiores e exteriores, de que foi objecto nos séculos XIX e XX, e que o converteu num palácio de estilo neoclássico. Os alunos ouviram a explicação acerca das diversas funções que o edifício desempenhou, ao longo da sua vida secular (mosteiro, arquivo nacional, e sede do Parlamento da monarquia constitucional e da República), e do significado das pinturas, relevos e estátuas que o ornamentam. Mas, sobretudo, tiveram a oportunidade de caminhar nos mesmos espaços que foram pisados por tantos vultos da História de Portugal, e que habitualmente apenas vêem nas transmissões televisivas de cerimónias com destaque para o Salão Nobre, a Sala dos Passos Perdidos, a Sala do Senado e, principalmente, a Sala das Sessões, na qual os alunos puderam sentar-se nas bancadas do hemiciclo, colocando-se na pele dos deputados da Nação.

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