Na Escola Secundária de Arganil de 15 a 23 de fevereiro esteve patente no polivalente da Escola uma instalação de sensibilização à importância da liberdade enquanto expressão e manifestação de afetos.
As turmas de Artes Visuais no âmbito das disciplinas de História da Cultura e das Artes e Desenho, construíram um mural com informação relativa às condicionantes do namoro durante o Estado Novo. Neste período os padrões morais eram assumidos diretamente pelas forças sociais dominantes e pelo próprio Estado, de mão dada com a Igreja Católica. À rapariga era imputado um comportamento de recolhimento, defesa e preservação das suas “virtudes, o namoro tinha como finalidade o casamento e qualquer manifestação de afeto na via pública, o namorado era arrastado para a esquadra. Além de multado em pelo menos 57$00 (28 cêntimos), só saía em liberdade depois de o agente da polícia lhe rapar o cabelo.
Em dois cenários, um alusivo ao namoro tradicional, o namoro à janela e outro uma evocação ao Amor enquanto expressão mundial de afeto, este decorado com uma cadeira alusiva ao tema, feita pelos alunos do Curso Profissional de Mecatrónica, a comunidade educativa pôde fazer registos fotográficos a cores, a preto e branco e instantâneas. A escolha implicava sempre relembrar como era e como é hoje o namoro. Quem o entendesse podia ainda deixar a sua mensagem no mural do afeto. Como diz Woody Allen: “A liberdade é o oxigénio da alma”.